Para esta curta viagem ser perfeita é favor pôr a seguinte musica a tocar enquanto lê as seguintes linhas…
Para o Mestre Carlos Paredes as coisas eram tão simples como respirar: « As pessoas gostam de me ouvir tocar Guitarra, a coisa agrada-lhes e aderem. Não há mais nada.»
Dito por aqueles com ele privaram, Paredes era dono de uma simplicidade comovente e sua modéstia é a única coisa que se pode comparar em tamanho ao seu talento.
Gravou o primeiro disco aos 32 anos, embora tenha aprendido a tocar Guitarra aos 5.
Nunca deixou de trabalhar como arquivador de radiografias no H. São José. Só nos anos 80, ao ser promovido (á sua revelia) a um cargo no qual pouco ou nada tinha de fazer, é que lhe sobrou tempo para se dedicar plenamente á guitarra. Guitarra essa a que paredes atribuía, humildemente, as virtudes da sua arte: «Já me tem acontecido as pessoas chorarem enquanto eu toco (…) mas é a sonoridade da guitarra, mais do que a musica que se toca, que emociona as pessoas.»
A Guitarra portuguesa não se toca como uma simples viola, “arranhando” as cordas para cima e par baixo, toca-se trinando as cordas, beliscando-as, apertando, puxando e soltando-as levando os dedos e pulsos a executarem números do mais inacreditável contorcionismo.
Paredes fê-lo como ninguém, fazia-o com destreza tal que os movimentos dos seus dedos eram demasiado rápidos para a compreensão do olhar humano. Mas fazia-o com a harmonia e fluidez que só a magia pode explicar.
Cliquem AQUI e saibam porquem algúem o apelidou de: "O HOMEM DOS MIL DEDOS"